terça-feira, 8 de outubro de 2019

Naquele momento era só eu, a música e você.

Se conseguir, põe a música ´´Mora na filosofia´´ pra tocar enquanto lê ...


~Mora na filosofia~


...Re-versando…


Acho que já não nos cabe a decisão…


Botei na balança,
Você despencou
Botei na peneira
Você transbordou


Não há balança ou peneira que te contenha,
Então venha se des-conter no meu amor.
Aqui não cabe contenção.


Mora na filosofia
Pra que rimar amor e dor?
Mora na filosofia,
Pra que rimar amor e dor?


Mesmo se teu corpo não ficasse marcado,
Por lábios ou mãos carinhosas,
Eu saberia,
Que no teu corpo eu pertencia.


Não vou me preocupar em ver
Nosso caso não é de ver, é de ser
Tá na cara.

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Reversei a música acima no dia 13 de Junho (dia em que nasceu Fernando Pessoa, não que isso importe haha), sentada no banco que dá de frente pro gramado central da IDC. Era época de provas, e se não me falha a memória, eu estava naquele dia imersa na biblioteca estudando pra minha primeira prova, de teorias da personalidade.
Eu saí da biblioteca pra tomar um ar, me sentei nesse banquinho, e me vi tomada por uma paz muito forte, ou nas palavras do meu diário daquele dia,

´´Vejo a realidade como quem observa uma realidade distante.
Sinto-me absorvida no meu próprio mundo, na minha própria poesia.

Várias coisas já não me importam.
Me importa só estar.
E sentir toda essa bagunça gostosa de sentimentos.´´

Você tinha acabado de viajar pra NY e as saudades já permeavam meu ser. Poucos dias atrás, você tinha me apresentado a música ´´Mora na Filosofia´´, e eu estava viciada nela... Naquele dia não foi diferente. Ouvi aquela música umas 20 vezes, sentada naquele banquinho da IDC. Lá edifiquei meu próprio casulo de paz e luz, onde a realidade externa de provas e estresse não me atingia. Quem passasse por mim deveria pensar que eu estava sendo abduzida por alguma luz de algum mundo imaginário, pois um sorriso bobo preenchia meu rosto enquanto a música tocava em voz alta a minha volta. Eu tava nem aí com quem passava e ouvia, com quem passava e me via naquele estado hipnótico.
Naquele momento era só eu, a música e você.

E se naquela época, há 4 meses, meu amor por você já ´´tava na cara´´, como diz a música (eu sei que a música original não é exatamente uma história tão feliz como a que eu reversei), e eu sentia que já não nos cabia a decisão, no sentido de que já não nos cabia o freio sobre tal amor... então agora, tendo colecionado mais alguns tempos preciosos ao teu lado, já nem sei o que dizer...
Esse amor se alastrou por dentro de mim como labaredas de fogo laranja vivo, e toda eu ardo de vontade de você.




2 comentários:

  1. Eu lembro muito desse dia! te escrevi dessa musica pro seu aniversario e eu lembro de no aeroporto, na escala em munique, eu ficava ouvindo essa musica... Dia 13 foi o casamento do kramer
    Lembro de sexta feira (dia 14) vc ter me dito que tinha feito uma versao dessa musica, eu tava no greenwich village e tinha passado por aquele monumento dos direitos gays, justo hoje eu vi o panfleto desse dia!

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