sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Em resposta à tua Sexta-feira

Em resposta à tua Sexta-feira


Sexta-feira


Te esperando chegar nesse dia onde Deus criou o ser humano e o ser humana…
Saudades de te ver.
Chegando,
Dormindo,
Acordando.


De quando eu me deito em cima de você, meu travesseiro azul de paz, e tenho certeza que é lá que quero ficar a minha vida inteira. Seu corpo sob o meu, o meu sobre o seu. Sentir o contato entre nossas peles, entre nossas almas. 
Intersecção de mundos e universos, galáxias de amor que se explodem ao encontro uma da outra. 


Saudades dos teus olhos morenos e risonhos, que acompanham o ritmo do seu riso.
E de quando eles se tornam de repente sérios, e de súbito voltam a rir.
Do teu abraço que me faz arder de paixão e vontade de me perder lá dentro, dentro de você, do teu ser e do teu existir. Nos percamos. E só assim, nos reencontraremos. 
Da tua pele macia e quente, que faz acordar a minha só de se aproximar timidamente, e depois, guerra.
Da sua sensibilidade ímpar, par, não sei com que algarismo ela termina. Ela não termina. Ela é infinita. E infinitamente, me comove. 
Do teu olhar, que me transmite conforto e paz, um mar azul, apesar de ser moreno, no qual quero me afogar. 
Saudades de poder me afogar em você em toda sua tridimensionalidade.
Saudades.


Sabe o que pensei?
Em muitas, infinitas coisas. Mas escolhamos uma.
Tem pessoas que têm a beleza de uma superfície de mar.
Muitas coisas nesse mundo têm essa beleza.
Beleza que à primeira vista, captura os olhos e faz encher a vista. 
Atrai o espectador que passa, sedento. 
O espectador, então, cai de boca nesse mar.
Mergulha esperando lá no fundo encontrar sua paz.
E ao tocar a ponta dos dedos no chão marinho, encontra nada mais que areia empoeirada. De paz, não achou nada.
 Retorna à superfície frustrado. Iludido.
Mar de ilusão. 
Tenta respirar mas se sente sufocado. 
Sufocado por uma esperança em vão.
Uma esperança sucateada no fundo do mar.
Esperança que ele lá depositou, e que com ele não retornou.


Tem pessoas que têm a beleza de uma superfície de mar.
Elas parecem ser um mundo, mas quando você as toca, percebe que são ocas. 
Na minha eterna sede por mais, suas águas não me saciam. Logo encontro seus chãos, e de lá não posso passar. Porque não há nada mais a ser descoberto. São pura superfície.


E tem você.
As cores e os tons infinitos flutuando nesse mar.
Tuas águas são as do tom azul mais belo.
Mergulho em ti.
Um eterno escavar.
E não tem como disfarçar,
Que quanto mais profundo eu me lanço em tuas águas, mais quero te adentrar. 


10 comentários:

  1. ahhhh assim não dá!!!!
    Quero te ver po, quero esse abraço aí que vc disse no texto.
    E tridimensionalidade! Há quanto tempo não usamos esse termo...
    Ah muitas saudades linda.

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  2. Gostei que o estilo foi parecido mas foi muito diferente ao mesmo tempo, tipo nós dois :)

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  3. influencias de exatas nesse texto hein

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  4. achei pesada a parte da superfície do mar... Da areia e tal, fico feliz de não ser isso!

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  5. Amei o texto!! (se não tinha ficado claro)

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    Respostas
    1. amor!!! q bom!! foi escrito de forma muito natural e verdadeira tendo você em mente

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